Lu Fernandes - A arte nua e a fotografia
Este blog destina-se a experiências fotográficas mais ousadas, a fotografia enquanto arte e textos do autor.
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Abismo
O vazio me chamou dentro do abismo
Olhei achando que nada iria encontrar
Foi quando fui puxado
Lá no fundo estava todo o lixo silencioso
De tudo que eu havia calado
*Lu
sexta-feira, 24 de julho de 2020
Criando abismos
Então, começa o fim?
A sede de querer e o cansaço de não poder.
O tempo correndo sempre na frente.
A esperança se renova e se esvai o tempo todo.
Quando é o tempo de desistir?
Admitir talvez seja uma solução.
Trocar o foco do olhar pra outra direção.
A esperança é de olhar pra trás e ver que tudo isso é
bobagem.
O medo é perceber tarde demais a importância dessas bobagens.
domingo, 21 de junho de 2020
Minha tristeza
Tristeza é não poder dividir tanta alegria que transborda no
meu lar.
Não ter espaço no coração daquela pessoa que eu gostaria de
dar um abraço.
Não ter lugar na agenda daqueles que eu decorei a data de
seu aniversário.
É não poder convidar para aquele momento comum.
É não ser mais que um fotógrafo pra quem se tem imenso apreço.
É não ter pra quem enviar aquela foto idiota do quarto
desarrumado.
*Lu
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Podemos?
Temos nossas próprias palavras
Podemos criar nossas próprias cerquilhas
As palavras são chaves
Mesmo que ainda reine o silêncio
Ainda que Babel
Temos uma língua que fala e lambe
Não é só X e bola
Podemos gritar cada um diferente
Podemos gritar juntos
Pode prazer
Mas também pode fazer
Além de dizer
Pode julgar?
*Lu
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Boa pessoa
Ser uma "boa pessoa" é uma forma lenta de suicídio.
Tudo começa na infância quando você não ri de bullying.
As coisas são difíceis e você ainda não sabe o que está acontecendo.
Por que você está “sozinho”?
Você é muito feio? Você é má pessoa?
O que você pode fazer pra se enturmar?
Então você come um pacote de biscoito após o almoço
e nem percebe que está adoecendo demais.
Um dia sua vista fica estranha e você começa a compreender
o significado da expressão: “Eu fico cego de amor”
Certa época abre-se uma janela e as respostas começam a pular
na sua frente.
Algumas são doces e coloridas e outras são deixadas pra
depois.
As vezes o que vale é o dia de hoje.
As vezes parece que vale o que fica na memória.
Um dia você se pergunta: O que é que vale afinal?
As vezes o sentido foge das mãos.
As vezes o controle foge das mãos.
Não importa se valeu a pena ou não o preço já começou a ser
pago.
Seja lá o que farei com o meu tempo quero mais um pouco.
Sei que brinquei demais comigo mesmo sem saber.
Eu sei que fui longe demais e estraguei muita coisa.
Sei também o exagero de sorte que eu tenho.
Sei que minha sorte não se chama sorte.
Mas ainda quero que o tempo seja muito pra dividir e multiplicar.
Quero sarar, quero que seja bom e continue bem!
*Lu Fernandes
domingo, 31 de março de 2019
"Despedidas"
A cada amigo que me "despeço"
Sinto que corro atrás do que não existe
Mas ao mesmo tempo
Me sinto protegido
Como se algo melhor me aguardasse.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
terça-feira, 12 de junho de 2018
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
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